«Tantas foram as vezes que eu disse que ia mudar, que ia começar do inicio..»
Escrevi e reescrevi um milhão de vezes este texto até sair alguma coisa de jeito. Tenho andado sem imaginação p'ra nada. Mas tal situação não podia continuar, por isso agarrei num lápis e comecei a escrever.
Ao principio sentia-me longe do meu próprio mundo. Fechara-me de tal maneira que quer para onde olhasse não via sinais de vida: estava sozinha. Uma enorme dor de cabeça alastrou pelo o meu corpo inteiro. Deixei de respirar, porém, milagrosamente continuava a sentir-me viva. Fechei os olhos, sentei-me e gritei para dentro «-alguém?!», mas esse alguém que eu procurava não estava lá. Esperei, esperei e nada. Isto devia de ser o fim, pensei. Nesse mesmo instante um novo mundo despertou, e no abrir dos meus olhos mirei vida.
Deixei de estar dependente dos outros. A rebeldia e a imperfeição invadiram-me de tal maneira que me ti na cabeça: A APARÊNCIA NÃO IMPORTA! Se sou feia é porque sou, se sou bonita então ainda bem. Isso p'ra mim já não me diz nada. No mundo onde eu tou agora, a perfeição é coisa que não existe, por mais que as pessoas tentam, só pioram o seu aspecto e o planeta que elas residem.
As indecisões aumentaram, já não sei distinguir amor de amizade, do certo de errado, ou da felicidade da infelicidade. Nada está claro, para mim. Sinto-me bem, e porquê? Esta paranóia de mudar aquilo que sou, para algo "superior", está a aumentar o meu gosto pela vida. Começo a ter ódio em perder. Quero tentar, até conseguir aquilo que quero!
Mudei. Deixei a timidez para trás, e voltei pronta para encarar a vida. Talvez esteja confiante demais. Mas pior não consigo estar..

4 comentários:
Gostei muito do texto, e acho que é assim que deves de continuar
oh de nada :)
Obrigada.
Identifico-me neste teu texto.
Especialmente: "Esta paranóia de mudar aquilo que sou, para algo "superior", está a aumentar o meu gosto pela vida."
sigo ! (:
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