"Sempre me aterrorizou a ideia de ser tocada, amada por outra pessoa, por um desconhecido." |
E confesso que sempre me fez impressão essas relações que ao fim de algum tempo (período mínimo de 5 meses) acabam tudo. Esquecem-se das memórias que criaram juntos, arranjam novos pretendentes ou simplesmente seguem a vida sozinhos. Desculpem esta minha ignorância ao que toca a namoros, curtes, relacionamentos, casamentos, whatever, mas a verdade é que não percebo, como duas pessoas ao fim de tanto tempo, em que as suas vidas já se colidiram uma com a outra, assim de repente tudo muda. Como é que se fartam uns dos outros? Como é que alguém tem coragem para trair a pessoa que mais ama? E depois voltam a apaixonar-se por outra pessoa, fazendo a mesma coisa que faziam com a outra... E as curtes? Nunca resulta… haverá sempre sentimentos, haverá sempre desejo, vontade de evoluir as coisas para um possível compromisso. Okay, ainda sou uma “criança” nesse aspecto, tenho pouca experiência. Mas a verdade é que sou uma boa observadora, e há medida que vou crescendo vou apercebendo-me disso tudo, do género “afinal não é só nos livros, séries e filmes que isto acontece”. E isso assusta-me. Agora lembrei-me de quando me perguntaram qual era a minha idade e eu respondi algo como “18 anos, aquela altura em que finalmente deixas de usar fraldas” (risos), mas é verdade, principalmente se sempre tiveste uma família que te protegesse tanto, talvez até demais, dos perigos da vida. Talvez por isso, este assunto me choca imenso.
Adiante, até há pouco tempo estava numa fase de “não quero saber de rapazes, curtes, namoros, não me quero voltar apaixonar, não quero voltar a sofrer ou magoar alguém”, mas como em tudo na vida, haverá de chegar aquele dia em que retiras tudo o que disseste, e atiras-te para a frente de cabeça. E isto, porque encontraste alguém que te destapou os olhos, que te abriu o coração e te fez ver, que a vida são apenas dois dias e há que aproveitar para conhecer o mundo em que vivemos, seja ele bom e/ou mau. É aí que eu percebo tudo aquilo que disse anteriormente, como é que consegui ultrapassar uma velha paixão, e agora deixar-me seduzir por um desconhecido. Agora perguntam-me como eu me sinto, well, sinto-me ótima, feliz! Mas talvez eu esteja a exagerar, e esta felicidade não dure muito tempo. Morro por dentro só de pensar que poderei a vir a cometer o mesmo erro do passado. E que desta vez não sei o que farei, pois o meu maior medo voltou, e não sei se sozinha o poderei confrontar. E este sentimento que se apodera de mim, será errado? O que farias se eu te dissesse que te amo? Apesar de os meus olhos falarem por mim, e possivelmente já o souberes, não to vou dizer. Mas mesmo assim, espero que não te importes, mas decidi manter aquilo que sinto por ti, bem guardado no meu coração. Dói, sim. Mas pior seria a tua reacção à minha declaração, disso eu tenho a certeza. Vou esperar, e até chegar a altura certa, com a tua permissão, vou continuar a amar-te em segredo.
(inspirado: desculpem os erros,
mas é o que dá não treinar a escrita x.x)