«Os teus olhos... pertencem-me!»
Percorro os longos caminhos da vida. "O que faço aqui?" pergunto-me, "Para onde me dirijo?". Com tantas perguntas sem resposta, dou um passo de cada vez. E sem pressas, aprecio a miragem de um deserto infinito ah minha volta. Por incrível que se pareça não me canso de andar, acho que até se tornou num vicio incapaz de largar. Aos poucos a minha memória lembra-me\recorda-me do passado, e apenas se refere ao passado. Na minha mente alguém sussurra: "Foram tantas as vezes que perdeste e recuperas-te a esperança, mas e agora? Este deserto.. será ela?". Esperança.. Perdia? Recuperei a? Será possível? De repente o deserto transforma-se num filme. Só vejo imagens, momentos, e fases da minha vida, á minha frente. "O que significará isto tudo?". E como se alguém me estivesse a ouvir, o "filme" parou. Conseguia ver uma menina pequena a brincar com a sua boneca. Era eu. Ao pé dela estava uma pessoa desconhecida. Essa pessoa pega-me ao colo e sorri p'ra mim. Padrinho. Um grande sorriso formou-se na minha cara laroca. "Papá?" pergunto. E uma voz grossa e amável, responde-me "Não, minha querida. É o padrinho.". Com uma cara envergonhada dou-lhe a minha boneca. "Que boneca tão bonita. E tem olhos verdes como a martinha". E acabou. O filme começa a andar para a frente. E volta a parar. Mas desta vez só oiço vozes por detrás de uma imagem escura. "Os teus olhos.. anda cá, não te vou bater... deixa-me ver os teus olhos.. uau.. que bonitos!", passado um bom tempo oiço outra voz "Amo os teus olhos, dá-mos!". E volto ao presente.
O que é que os meus olhos têm assim tão de especial? Juro que não percebo. E então a esperança?
(mto confuso s: para um momento do dia confuso s:)

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